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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O Que se Julga Num Cão



As características específicas de cada raça são descritas por um texto que recebe a denominação de Padrão da Raça.
Os padrões oficiais das raças são elaborados pelas sociedades de criadores. Numa Exposição, o Árbitro julga os exemplares segundo um roteiro de quesitos, de acordo com esses padrões de raça.


Exame Preliminar

Faltas Desqualificantes - neste quesito, o árbitro deverá verificar se o exemplar é, ou não, portador de faltas desqualificatórias comuns a todas as raças, tais como: cegueira, surdez, mutilações ou qualquer tipo de invalidez; atipicidade; machos que não apresentem um ou os dois testículos perfeitamente perceptíveis na bolsa escrotal; faltas desqualificantes textualmente descritas pelo padrão específico de cada raça, tais como: faltas dentárias, mordedura incorreta, altura, temperamento agressivo etc. e, finalmente, a utilização de artifícios químicos, físicos ou cirúrgicos com a intenção de alterar a aparência natural, em favor das características rácicas exigidas pelo padrão.


Caráter e Temperamento - sendo o temperamento parte da bagagem genética, tem um peso acentuado na avaliação das outras qualidades. Embora não se possa fazer testes de temperamento, durante uma exposição, exceto para o grupo terrier, que tem seu teste específico, um árbitro experimentado é competente o suficiente para avaliá-lo. Durante o exame preliminar, o árbitro julga as qualidades da estrutura mental do exemplar, através da observação do seu comportamento.
 
Aparência Geral - verificação das características de porte, tipo e da harmonia do conjunto:
- proporções entre a altura, a largura e o comprimento; entre a cabeça e o tronco;
- o comprimento da pelagem, a textura, pigmentação, cor e marcações;
- estado do pêlo, presença ou ausência de subpêlo;
- substância: relação ossatura e musculatura.

Cabeça - exame das características gerais de masculinidade e feminilidade;
- da proporção crânio-focinho; da inserção e do porte das orelhas;
- da inserção, forma, cor e expressão dos olhos;
- do stop, focinho e trufa;
- da boca: os maxilares, lábios, dentadura e mordedura, a coloração da mucosa e gengiva.


Linha Superior - visto de perfil, é feita a análise da linha de contorno que vai desde a nuca, passando pela crista da face dorsal do pescoço, cernelha, ápice dos processos espinhosos, ao longo da cadeia de vértebras dorsais e lombares até a garupa, na inserção da cauda.
Neste quesito são examinados, ainda, a forma pela qual o pescoço está engastado no tronco; a posição da cernelha; resistência e elasticidade do dorso e do lombo; a posição, angulação e comprimento da garupa.

Linha Inferior também visto de perfil, é feita análise da linha de contorno que vai da ponta do esterno (manúbrio), passando ao longo do esterno e do ventre, até a linha anterior do contorno da coxa.
Aqui, são observados, ainda,
- o desenvolvimento do peito, de perfil, e do antepeito, de frente;
- forma e curvatura do arco descrito pelas costelas (visto pela frente ou por trás), conseqüentemente, o volume torácico e o grau de esgalgamento do abdome (com ou sem cinturinha).
Membros Anteriores - que incluem o ombro, o braço (úmero), o antebraço (rádio e ulna ou cúbito), a munheca (carpos e metacarpos) e o pé.
O árbitro examina a substância;
- angulações escapuloumerais;
- paralelismo dos aprumos, inclinação ou verticalidade e direcionamento dos metacarpos, formato e compacidade das patas;
- espessura, cor e resistência das almofadas plantares, dureza e aspereza da sola.
Membros Posteriores - que compreendem a garupa (coxal), coxa (fêmur), perna (tíbia e fíbula ou perônio), jarrete (tarsos e metatarsos) e as patas.
O exame é semelhante ao dos anteriores: o árbitro confere com as características da raça,
- o comprimento, largura e a inclinação da garupa;
- as angulações das coxas com a garupa, das coxas com as pernas, o prumo dos jarretes e, conforme o item anterior, as patas.
Cauda - é examinada em item separado, dada a sua importância no conjunto de características de cada raça:
- a posição da inserção na garupa;
- espessura e comprimento, incluídas as caudectomizadas;
- forma; porte e pelagem.


Visto pela frente e/ou por trás
- observação do grau de alinhamento, proximidade ou afastamento, entre os membros do lado esquerdo em relação aos do lado direito (single tracking ou em paralelo);
- o comportamento dos cotovelos;
- a direção, aprumo e firmeza dos metacarpos, durante uma passada e a
- direção, aprumo e firmeza dos jarretes, no instante da pisada.
        O segredo de um bom julgamento é a análise do exemplar durante a movimentação. É, quando o apresentador não tem como tocar seu cão, portanto não pode ajeitá-lo

Em Círculo


Visto de perfil - o árbitro, no centro da pista, pede que o condutor movimente o exemplar a trote lento, em círculo, para observar:
- a postura, o comportamento e o preparo físico do exemplar;
- o comportamento (firmeza ou oscilação) da linha superior (pescoço, dorso, lombo e garupa);
- a fluência e desenvoltura na movimentação, alcance das passadas dos membros anteriores, rendimento da propulsão dos posteriores e a cobertura de solo.
        É o momento em que a rigidez/flacidez de seu dorso se evidencia.
O comprimento da passada de cada exemplar pode ser comparada com o comprimento da passada dos outros exemplares etc.
        É, também, quando alguns apresentadores confundem a análise comparativa da movimentação com competição de velocidade e tentam correr mais, às vezes um exemplar com boa amplitude de passada fica prejudicado porque, para correr, precisou aumentar a freqüência das passadas e, como conseqüência, reduzir o tamanho do passo.

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